quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O meu "Eu" consciente!

Nesse poema descrevo o meu momento ante a separação judicial que vivi em julho de 2005.


O meu "eu" consciente

Desculpe se o que vc merece/precisa
não estou podendo dar,
não sei se te peço mais um pouco de paciência,
ou se te peço para me deixar.

Estou vivendo uma fase tensa,
uma confusão de sentimentos
um misto de raiva frente a impotência,
e de medo,face à uma possível decadência.

Penso e questiono aos céus o porque
já que aqui tantos me ouvem, mas não podem ajudar
coisas e atitudes que deveriam ser práticas/matemáticas
fantasmas que aparecem, de onde menos se possa esperar.

Questiono a validade/necessidade da união em matrimônio
da real existência, entre homem/mulher, do amor
será que ele pode ser vivido em sua essência?
ou se só existe enquanto torpor...

...tanto que depois de um tempo para criá-lo
nessa relação,um coadjuvante necessário se faz
a bebida, a droga, a mentira e/ou a fantasia
já que torpor natural,desse nem lembramos mais.

Sei que estou muito magoado/machucado/desacreditado
com problemas aos montes para resolver
tentando minimizar os efeitos sobre aqueles a quem amo
partícipes dessa comédia gótica/mal escrita
e que nada fizeram para merecer.

Pelos próprios donos do teatro
capítulos vão sendo escritos e a mim entregues
a poucos minutos de entrar em cena
enquanto ator forçado/forjado pela nossa magistratura cega?
Caolha,obscura,obscena.

E em não sendo profissional
nada me resta a não ser improvisar
não tendo sido preparado para atuar nesse espetáculo surreal
às vezes me falta ar para falar,até prá respirar.

De improvisos venho vivendo
de expectativas que me rasgam por dentro
numa tensão constante/crescente
pressão arterial oscilante/ascendente...

...tesão portanto perde o seu significado
funcionando apenas como válvula
para conter essa explosão/implosão
desse ser que questiona sem respostas precisas
a tamanha confusão criada
injusta/desnecessária/desmerecida...
Jayme Carvalho

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