domingo, 16 de outubro de 2011

Você acha que existe traição virtual?


Você acha que existe traição virtual?



Conceitos são ótimos quando estão a serviço de esclarecer uma situação ou dúvida em particular. Entretanto, nem sempre eles dão conta deste esclarecimento. Muitas vezes, devido à complexidade humana, tanto de sentimentos quanto de valores, os conceitos podem ganhar interpretações absolutamente particulares e, daí, servirem mais para confundir e atrapalhar os envolvidos em determinada questão. 

Penso que um exemplo perfeito para ilustrar o que estou falando seja a palavra ou o conceito que temos de “traição”. Segundo o dicionário, o significado do termo é bastante amplo, mas no que tange aos relacionamentos – que é o nosso contexto – encontrei que significa “deslealdade” e “infidelidade no amor”. A mim parece bem pouco esclarecedor. 

O que eu entendo por deslealdade e infidelidade no amor é, certamente, (muito ou pouco, não importa) diferente do que entende a maioria das quase sete bilhões de pessoas do planeta. Sim, porque embora pareçam termos óbvios, não são! Por exemplo, uma pessoa pode achar que ter fantasias sexuais com outra não é traição, mas você pode achar que é. Você pode acreditar que manter um perfil virtual ativo mesmo já estando namorando é traição, e outra pessoa pode achar que não. São nuances do mesmo termo, entende? 

Pois muito bem, vamos à questão: Existe traição virtual? E o que seria isso: Manter relações afetivas pela internet ou por telefone? Fazer sexo por meio de câmeras e chats? Amizades com muita intimidade também pode se encaixar neste conceito? Posso imaginar as mais diversas e até complementares respostas. 

Ou seja, definitivamente, a melhor resposta é a sua, porque revela parte de quem você é, do que pensa, sente e faz. E é isso o que importa na sua história! Se você considera que é traição, então é traição, pelo menos para você. Até aí, um direito indiscutível seu! No entanto, o problema começa quando a pessoa que está com você tem uma opinião diferente! 

Neste caso, penso que a despeito dos conceitos e seus significados, a situação pede uma conversa. Quando duas pessoas compartilham vidas, corpos e até um teto, as diferenças precisam ser diminuídas tanto quanto possível, à medida que um respeita a opinião do outro e ambos se mantêm dispostos a um consenso em nome da felicidade que desejam imprimir em sua história! 

A melhor maneira de descobrir se quem é a favor de relações virtuais mesmo mantendo outra real, é questionar se ela não se importaria caso seu par real fizesse o mesmo. Aliás, nenhuma prática é mais eficaz do que se colocar no lugar do outro, tentar avaliar o que ele está sentindo e como você se sentiria na mesma situação. 

A impressão que tenho, infelizmente, é que quanto mais uma pessoa dá a si mesma o direito de ter atitudes duvidosas e que abrem brechas para desentendimentos, mais ela também encontra maneiras de diminuir o outro. E daí é incoerência demais para dar certo! 

Resumindo, se você está se sentindo traído por uma relação virtual mantida paralelamente por quem você ama, assuma seus sentimentos e seja sincero. Fale o que pensa e respeite seus limites. Tanto quanto possível, não transforme sua mágoa em raiva, senão restarão apenas acusações que não levam a nada. Quanto mais íntegro e honesto consigo mesmo você for, mais conseguirá se dar conta do que quer, com quem quer e como quer!

Este artigo foi escrito por: 
Dra. Rosana Braga
Consultora 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conselhos de Bill Gates para os Jovens:



      Regra 1: A vida não é fácil, acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de você sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3: Você não ganhará US$ 40.000 por ano assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude e chato, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você em nenhuma circunstância. Você será cobrado o tempo todo.

Regra 5: Fritar hambúrgueres, cortar grama ou lavar carros não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de "oportunidade".

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais, então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7: Antes de você nascer seus pais não eram tão chatos como são agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, levar você à escola, lavar suas roupas, fazer comida para você e ter que ouvir você falar o quanto você é legal. Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto, lavar seus talheres e ser mais amável com sua mãe.

Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores por imposição da Associação de Pais, Alunos e Mestres, a vida não é assim, ela sempre fará esta distinção. Em algumas escolas não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece absolutamente em nada com a vida real.

Regra 9: a vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10: Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou o clube e ir trabalhar.

Regra 11: Seja legal com seus “nerds”. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MISTURA DE MACONHA COM CRACK E A NOVIDADE DO TRÁFICO.





















Uma combinação potente e perigosa, cada vez usada por usuários de droga . É o 'mesclado', uma mistura do crack com a maconha, que provoca um efeito alucinógeno prolongado.

Para fumar o mesclado, o usuário compra a pedra de crack e a maconha. Segundo a polícia, traficantes não vendem o composto já preparado na cidade.

Um dos grandes 'atrativos' desse 'coquetel', além do efeito duradouro, é o preço. Tanto o crack como a maconha são vendidos por R$ 5. A cocaína custa R$ 10, o que é considerado 'caro' pelos usuários.

São duas as formas de preparar a nova droga. Em uma delas, o crack é moído para se extrair um pó, que será fumado com a maconha em um cigarro. Na outra, mistura-se as sementes da maconha com a pedra para fumar em cachimbos ou latas.

Mesclado, meladinho, temperado, bazuco. Os nomes dados à mistura de crack e maconha são diversos, mas, para a pesquisadora do Cebrid Solange Nappo, o objetivo dos usuários em juntar as drogas é único: diminuir os efeitos desagradáveis provocados pelo consumo do crack. A prática até parece uma alternativa inteligente, mas se revela uma armadilha. "O usuário busca o mesclado para sentir menos os efeitos agressivos do crack, mas adquire uma nova dependência e tem ainda mais dificuldade de abandonar o vício", afirma.

A psicofarmacologista acredita que o uso do mesclado é uma estratégia dos dependentes químicos para se manterem no mundo das drogas. A lógica é continuar saciando o desejo do crack, mas não sofrer tanto os efeitos do uso, como, por exemplo, a "fissura", que é o desejo incontrolável de usar a droga novamente. Assim, se eles conseguem controlar um pouco a compulsão, demoram mais a se marginalizar.

A pesquisadora explica que isso provocou, inclusive, uma cultura de que o usuário de mesclado é "mais limpo" que o de crack, mas ela lembra que essa ilusão dura pouco. "É uma saída prejudicial. O que acontece é um toma lá dá cá, pois vão desenvolver uma dependência conjunta e ficar presos ao vício. Além disso, continuam se expondo aos riscos do tráfico, pois a maconha também é ilegal", diz.

O psiquiatra Arnaldo Madruga explica que, apesar do efeito alucinógeno da maconha, o mesclado produz sensações praticamente iguais às do crack e, por isso, a dependência permanece forte. "A compulsão continua existindo. Então, o usuário de mesclado terá necessidade de usar a droga outra vez", afirma.

Solange Nappo lembra, ainda, que o mesclado pode ser uma jogada dos traficantes para viciar um público que ainda não conhecia o crack. Isso acontece quando o usuário compra a droga achando que é maconha, mas recebe o mesclado. Como a mistura normalmente vem enrolada em um cigarro, é difícil a diferenciação imediata. "Para o traficante, a venda do crack é importante. É uma droga que rende dinheiro, devido à compulsão e à dependência que ela gera no usuário", explica. (TB)




quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ser Baiano...


Ser chamado de preguiçoso pelos cariocas e sentir no tom de voz que eles morrem de inveja porque aqui tudo é perto...

Toda hora é cedo...E o trem das 11:00 só passa 12:30... De modo que sempre dá pra tomar mais uma...Ser chamado de barbeiro pelos paulistas...E saber que aqui não tem revezamento, porque o ar não é poluído e os sons das buzinas tocam em ritmo de axé...

Ver os mineiros falarem de nossa culinária e ficarem babando quando passam na frente de uma baiana de acarajé...Ver o pôr-do-sol do Farol da Barra, do Humaitá, de Mar Grande... Ahhh!!! De qualquer lugar... Aqui o sol se põe inteiro, em qualquer lugar dá pra ver ele dormir sobre o mar...Passar uma tarde em Itapuã ... Ao sol que arde em Itapuã... Falar de amor em Itapuã...Sentar em Cira, pedir uma gelada, um abará e um acarajé "cortadinho" com camarão, e ver as pessoas passando de um lado para o outro depois de um dia de trabalho...Vestir branco sexta-feira... 

Ir para a Lavagem do Bonfim... E lavar a cara no Bonfim Light...Morrer de rir quando vê na TV o carnaval de outros estados com um ou dois Trios elétricos falsificados, tocando na praia, e o pessoal jogando "espuminha", enquanto um som mecânico toca música de Bel e Ivete, e os"turistas" fazem (errado) as coreografias que fizeram sucesso na Bahia... No ano passado(risos)...Ir para qualquer lugar e ser logo reconhecido. Onde estamos fazemos amigos, sabemos conversar, cantar, dançar, encantar e sorrir... Hehehe... Modéstia à parte, somos bons de cama...

Ser baiano é saber que mora na maior cidade do Brasil (as duas primeiras não são uma, só são uns montes de amontoado: Grande isso, grande aquilo), que tem tudo que uma cidade pequena deve ter, tudo que uma cidade grande precisa... 

Ser baiano é ser honesto e ser alegre, e ter consciência que mora em uma cidade onde Deus pegou o melhor das outras partes do mundo, encostou no mar, no lado de umas serras, cortou por uns rios... Misturou tudo... E fez uma cidade, dando o nome de seu filho: Salvador!!!
(Fernando Verissimo)

sábado, 1 de outubro de 2011

Pensamentos atribuídos ao Dalai Lama!!!





Dê às pessoas mais do que elas esperam e o faça com alegria.
 
Decore o seu poema favorito.
 
Não acredite em tudo o que você ouve, use tudo o que você tem e durma o tanto que você queira.

Quando disser "Eu te amo", seja verdadeiro.
 
Quando disser "Sinto muito", olhe as pessoas nos olhos.
 
Fique noivo pelo menos 6 meses antes de se casar.
 
Acredite em amor a primeira vista.
 
Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
 
Ame profundamente e com paixão. Você pode se machucar, mas é a única maneira de viver a vida completamente.

Fale devagar, mas pense com rapidez
 
Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte "Porque você quer saber?"

Lembre-se de que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
 
Temos que lutar para conseguir chegar a nossos objetivos, e temos que nos preparar para os tombos que eventualmente ocorrerem...

Temos que lutar para conseguir chegar a nossos objetivos, e temos que nos preparar para os tombos que eventualmente ocorrerem...

Quando você se der conta de que cometeu um erro, tome providências imediatas para corrigi-lo.

Quando você perder, não perca a lição.
Lembre-se dos três "erres": Respeito por si próprio, Respeito ao próximo e Responsabilidade pelas ações.

Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
 
Sorria ao atender o telefone. A pessoa que estiver chamando sentirá isso na sua voz.

Case com alguém com quem você goste de conversar. Ao envelhecerem, suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.

Passe algum tempo sozinho todos os dias. Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.

Leia mais livros e assista menos TV.
 
Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
 
Não julgue as pessoas pelos seus parentes.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

GAROTO QUE TEVE CORPO PERFURADO POR BARRA DE FERRO PASSA BEM!!!











Tente relembrar: Quem nunca viu uma criança passar por alguma situação extrema, que custou acreditar que saiu ilesa?

Foi o que aconteceu com Mehul Kumar, um garotinho indiano de três anos, que sobreviveu à perfuração de um bastão de ferro de 1 metro em seu corpo. Isso mesmo, a imagem ao lado explica o fato.

Tudo aconteceu quando Mehul resolveu brincar no terraço da casa dos avós, que passava por reformas. De acordo com informações da CNN Ásia, o garoto acabou caindo sobre a haste de ferro e teve seu corpo perfurado.

Mehul acabou sendo conduzido às pressas a um hospital da cidade e logo depois encaminhado para o Instituto de Ciências de Bariatu, seis quilômetros distante de onde estava. 

Um “passeio” extremamente massacrante para qualquer pessoa, menos para o pequeno indiano. Depois de cinco horas de cirurgia, o Dr. Sandeep Agarwal finalmente deu a boa notícia, declarando que o garoto estava fora de perigo.

“Nós primeiro removemos a barra de ferro e depois uma outra cirurgia foi feita para reparar seus órgãos vitais que ficaram feridos”, disse o médico.

Para quem acredita em milagres, esse é um prato cheio...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A desilusão de Quino com o Século XXI!!!


Quino , o cartunista argentino autor da  Mafalda , desiludido com o rumo deste século que diz respeito não uma valores e educação, impresso deixou nenhum cartoon o seu sentimento: 


A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.
Fonte via e-mail.

terça-feira, 27 de setembro de 2011



Arrumando minha casa de dentro juntei estilhaços de um tempo em que, cansada de sóis vazios e dessas tempestades de agonia, pra esquecer um amor antigo, arremessei meu coração contra a parede. Eu descobri que algumas pessoas se juntam não por afeto, mas por tristeza encomendada. Que certas coisas que deveriam afastar, às vezes aproximam.

Quando arrumei minha casa de dentro tinham muitas declarações de amor de gente que já não me amava mais pelo caminho. E quando eu estava prestes a começar uma vida nova, tropeçava nesse passado e nos referenciais antigos e voltava para lá que era um lugar aparentemente mais seguro. E ergui tantas paredes rabiscadas pelo medo.

Descobri, quando abri as janelas, que uma chuva muito forte também tem som de aplausos. Que na pauta dos meus lábios só cabem palavras macias. Que há que se beber do outro também a fonte de idéias para que tudo não se resuma num encontro incandescente de peles porque devemos explorar todas as qualidades do desejo.

Eu descobri que tenho um jeito de gostar exagerando os fatos e que a ficção é o que mais participa da minha realidade. Mas que sempre fica um rastro na minha pele se alguém se demora nas carícias. E que não se pode ter a força de uma represa retendo seus próprios líquidos.

Quando arrumei minha casa de dentro eu descobri que essa é uma tarefa infinita. E há que se reordenar as coisas incansavelmente pra se ter espaço pruma nova cor. E que uma boa base impede um desmoronamento, mas que a implosão da estrutura inteira, às vezes, é a coisa mais sábia a se fazer em determinados momentos.


Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos, poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos dá esperança.

É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos. 


Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: Coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas. Como bem disse Virginia Woolf, “não se pode ter paz evitando a vida.
By Blog Metade de Mim/Ana Jácomo.



domingo, 25 de setembro de 2011

ARTE, PRODUÇÃO DE SUBJETIVAÇÃO E LOUCURA!



                                                    
A arte nasce com o ser humano. Um equívoco da ciência que não consegue entrevistar a mãe natureza, esta exímia artista com  performances esplendorosas...
E nela construímos uma estética, um canal de expressão para nossas emoções subterrâneas e uma ponte para a virtualidade do porvir e do devir...
Na arte, expurgamos lágrimas contidas, represadas, e risos suprimidos, domesticados: Os afetos e as intuições fluem alheias às barreiras da lógica, do previsível e admissível, das ossificações que nos levam a viver com nossas emoções reprimidas. Ela, assim, é um escoadouro, uma janela para a vida naquilo que o socius controla como indesejável... Que, contudo, se mantido, acumula e explode ou implode, lesa nossa existência... A arte é um instrumento de humanização num mundo coisificante, que nos cristaliza e nos robotiza...A arte é, também, um dispositivo de subjetivação. Subjetiva-nos, libertariamente...


O ser humano rodopia nas repetições no meio do redemoinho. O que o torna mesmice, neurose, sofrimento, inflexibilidade, ferida aberta e sangrante.
A arte nos permite bifurcar, derivar, reinventar e criar... Ele acolhe a dor e enxuga lágrimas; Porém, o faz, renovando-nos, de tal forma que em conexão com ela vamos nos subjetivando livres: livres das amarras do ego e livres das correntes do socius. Ela é a loucura que cura nossas loucuras...Revoluciona a vida e os caminhos...Nossa loucura, loucura-chaga viva, de hospício, é uma loucura onde caos se vê capturado e anulado na sua potência criativa. O caos é autopoeiticamente um criador de novidades. Potência negada e massacrada na loucura que gira num buraco negro de dor e terror...
A loucura é a falência da lógica, do pragmatismo, do consumismo, da vida servil "...Do mundo de vendedores e vencedores..."(Baremblitt). A arte é uma tresloucada ruptura com a racionalidade pragmática...Um outro funcionamento.Um surreal universo, como o sonho, a magia, o místico,e a própria loucura.Na arte , então, temos a retomada dos funcionamentos negados pela racionalidade técnico-instrumental...
Ela quebra os ponteiros do Cronos; Nos “desterritorializa” e nos conecta com o universo da criatividade e da magia; Da ternura e das paixões; Da vida que caminha andarilha nos vitalizando, pois nos libera das amarras de angústia e dor deste mundo de falta e negação, imediatismo e servidão.



A arte pode...Pode gerar vida, singularizar vidas, revolucionar os alicerces da vida...Ela percute e a vida voa... Voando ganha o infinito e no infinito, se plenifica com impermanência, multiplicidade, singularidade e permanente devir. Ela é Fénix, Dionísio, movimento...Nela, o ser humano se redescobre fragilidade e potência divina... Humanidade cósmica; O sagrado profano que perambula nos singelos caminhos da paz e da alegria.
Jorge Bichuetti



A Natureza nos fala, grita para nós o tempo todo, basta que a escutemos, e, com bastante atenção e retenção daquilo que se nos chega, não aos ouvidos, mas ao coração; A minha Arte é a de permanecer vivo. Vivendo e contrariando os desejos do não viver o que aí está para ser vivido, mas reinventando, através até das loucuras cotidianas, quando, por intermédio delas, nos insurgimos contra o que não permitimos nos moldar; E quem disse que a loucura tem cura? Que precisa ser curada? A cura dessa loucura aí descrita, tende a mesmificar o ser curado, que, provavelmente, serviu-se desse expediente exatamente para contrariar o que aí está.