Eu quero uma mulher que seja diferente de todas que eu já tive, de todas tão iguais. Que seja minha amiga, amante, confidente; A cúmplice de tudo que eu fizer a mais.
No corpo tenha o Sol, no coração a Lua, a pele cor de sonho, as formas de maçãs. A fina transparência, uma elegância nua, o mágico fascínio, o cheiro das manhãs.
Eu quero uma mulher de coloridos modos, que morda os lábios sempre que for me abraçar. No seu falar provoque o silenciar de todos, e seu silêncio obrigue a me fazer sonhar.
Que saiba receber, que saiba ser bem-vinda, que possa dar jeitinho a tudo que fizer, que ao sorrir provoque uma covinha linda, de dia, uma menina, a noite, uma mulher.
( A cúmplice - Juca Chaves)
Expectativa
Não procuro por uma simples mulher que traga formas definidas em seu corpo.
Se magra, se gorda, muito alta ou pequenina.
Não procuro por uma mulher que traga no rosto.
Os olhos azuis, verdes ou um indefinido cinza azul.
Ou amendoados morando no castanho, ou negros nítidos.
Não procuro por uma simples mulher.
Que traga o pudor nas faces e risos pueris.
Se traz cabelos anelados que brilhem ao sol.
Não procuro por uma mulher que traga na pele o tom rosado, ou ainda que tenha o jambo a lhe cobrir.
Ou sardas lhe tomem os braços, ou então de alvura sem fim.
Não procuro por uma simples mulher.
Que traga serena a vida no rosto em vincas.
Se no coração o ardor de noites insones e vazias.
Não procuro por uma mulher que traga na mente.
Regras e que me dite como vivenciá-las em seus dias, ou amanhãs tardios em seu tempo que morrem no hoje.
Não procuro por uma simples mulher, mas um porto seguro feito de afetos e meiguices.
Uma flor perfumada e frágil embalada pelo vento.
Um sonho que invada minha alma ressequida e cansada.
Um anjo que ilumine meu futuro, desprendendo minhas dores.
Um bálsamo que impregne meu corpo e perfume meu coração.
Não procuro por uma simples mulher.
Aquela que sonho e espero é a única, não uma, mas ela.
(Yara Ribeiro)
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