Por mais que a notícia da saída de cena de Amy Winehouse (1983 - 2011) seja de certa forma a crônica de uma morte já anunciada e até esperada, o mundo pop está abalado com o fato já oficializado. A cantora inglesa foi encontrada morta em seu apartamento no bairro londrino de Camdem Town, na Inglaterra. A causa ainda está sendo investigada, mas sabe-se de antemão que Amy Winehouse sai de cena por um histórico de abusos de drogas e álcool que vinham empanando progressivamente o brilho de seu canto único. Ela sai de cena, mas vira lenda instantânea - até porque a artista morre aos 27 anos, idade trágica e mítica no mundo pop por ter marcado também o desaparecimento de lendas como Janis Joplin (1943 - 1970), Jimi Hendrix (1942 - 1970), Jim Morrison (1943 - 1971), Brian Jones (1942 - 1969) e Kurt Cobain (1967 - 1994). Não há dúvidas: Amy entra nesta galeria de mitos a partir deste sábado, 23 de julho de 2011, data de sua morte previsível, mas nem por isso menos triste. Seja como for, Amy faz jus à aura mitológica por sua música, não pelas atribulações de sua vida pessoal. Não tanto pelo primeiro de seus dois únicos álbuns, Frank (2003), de sotaque indefinido. Mas, sobretudo, pelo genial Back to Black (2006), álbum antológico no qual Winehouse mergulhou na soul music norte-americana com sua voz que parecia nascida no berço da Motown - voz negroide que destilava sentimento quando cantava suas letras de cunho pessoal. Ainda às voltas com a preparação de seu terceiro álbum, em tese em estágio já adiantado de produção, Amy Winehouse sai da vida em 2011 para entrar definitivamente na História mítica da música pop.
(Postado por Mauro Ferreira)
Back to Black (Volta para o luto)
(Prelúdio de uma morte anunciada)
versão de Jayme Vita di Carvalho
Eu não deixei tempo para me lamentar
Com a minha aposta segura na insensatez
Eu e minha cabeça imersa na embriaguez
E minhas lágrimas secas
A marcar a minha cara
Vou voltar para o que eu sei
Saindo totalmente de tudo pelo que passei
E eu trilho um caminho conturbado
Minhas chances estão empilhadas
Mas eu vou voltar para o luto
Eu apenas disse adeus com palavras
Eu morri uma centena de vezes
E sempre retornei pra ela
E Eu volto para ela
Eu volto para nós
Eu te amo tanto
Mas isso não é suficiente
Eu amo cheirar e dar um trago
E a vida é como um cano
E eu sou um minúsculo centavo rolando paredes adentro
Luto, luto, luto...
Mas eu volto para ela
Eu volto para ela
Eu apenas disse adeus com palavras
Eu morri uma centena de vezes
Mas eu volto pra ela
E eu volto para ela
E eu volto para o luto,
Agora, pela última vez.
(versão de Jayme Vita di Carvalho)
Essa versão que você fez encaixou direitinho com o que ela estava passando! Ficou muito interessante...
ResponderExcluirEu adoro essa música!
Ela tinha muito talento... pena que muitos bons morrem cedo! E ela - de alguma forma - já devia prever isso né...