segunda-feira, 11 de abril de 2011

O MITO DA FELICIDADE !


“A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude estão ausentes. Abrange uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem ainda o significado de bem-estar espiritual ou paz interior”. (Wikipédia)
Será que podemos teorizar um sentimento tão íntimo e pessoal como este? O que percebo é que a Felicidade, sempre foi vista como um prêmio, e só acontece ao final. Seja nas estórias infantis, ou nas telenovelas, onde, ao final, os “mocinhos” serão felizes para sempre, mas a vida real não tem final, a não ser com a morte, e aí, na religião, após a morte, o paraíso será alcançado pelos merecedores, e assim, serão felizes pela eternidade. Percebem como sempre só se pode alcançar a tão sonhada felicidade ao final de tudo? Mas será que a felicidade não pode ser sentida dia a dia, ou mesmo a todo instante? Será que na estorinha da Branca de Neve, os anões, enquanto trabalhavam na mina de diamantes, ou quando voltavam para casa cantando aquela cançãozinha “...eu vou, eu vou, prá casa agora eu vou..., eles não denotavam Felicidade (olha só a carinha deles), ou foi só ao final, quando a Branca de Neve casou-se com o Príncipe Encantado, e viveram felizes para sempre, que todos ficaram felizes? (Acho até que para eles, veio mesmo foi a tristeza da ausência dela no dia a dia).
E quanto ao paraíso prometido pelas diversas vertentes religiosas, não seria muito entediante, depois de algum tempo, ficar vendo tudo muito arrumadinho, tudo muito certinho? Observem que, nos países mais desenvolvidos, onde pode-se dizer que são verdadeiros Paraísos na terra, o índice de suicídios é bastante elevado.  

O que devemos ter em mente, é que é exatamente essa busca da Felicidade, tendo-a como um fim, como o resultado do objetivo alcançado, somente quando alcançado, que nos torna Infelizes. A Felicidade, assim como a Infelicidade, são momentâneas, e não são sentimentos estáticos, mas a soma de vários momentos, não confundí-la(a busca da Felicidade) com a curtição de prazeres fugazes, que ao chegarem ao fim, nos torna vazios e infelizes. "As coisas agradáveis e que trazem “Felicidade” numa perspectiva moderna são sempre muito pessoais e subjetivas, e, além disso, dependem de fatores externos, alheios à nossa vontade". Então, obviamente, temos que traçar objetivos ao longo de nossa existência, mas, dia a dia, momento a momento, caminharmos em direção a estes objetivos, isto é que  tornará a jornada prazeirosa, logo, feliz; Mas, podemos também, caminhar para longe destes objetivos, e em sendo assim, aprendermos com o erro, redirecionar o caminho a percorrer, e recomeçar a caminhada, portanto, retomando o prazer, e em consequência, a Felicidade contínua, curtindo as várias etapas alcançadas ou não nesse caminhar , e o aprendizado inerente à vivência nessa busca. Assim poderemos dizer e realmente sentir, que estamos felizes, apesar da vivência de momentos infelizes, sabendo-os parte do nosso crescimento, seja espiritual ou mesmo como pessoa.  

Como diria Rogério Flausino - Jota Quest:

"Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de Paz 
Dias a Mais 
Dias que não deixaremos para trás
Vivemos esperando 
O dia em que seremos melhores 
Melhores no Amor 
Melhores na Dor 
Melhores em Tudo 
Vivemos esperando 
O dia em que seremos 
para sempre 
Vivemos esperando 
Dias Melhores pra sempre.”





domingo, 10 de abril de 2011

"FILHOS, MELHOR NÃO TÊ-LOS, MAS SE NÃO OS TEMOS, COMO SABÊ-LO?"



Quando eu era filho, tinha certeza de que eu sempre estava certo, de que tudo daria certo, de que nada sairia errado, nada de ruim aconteceria e que meu pai não sabia das coisas. Agora que sou pai, baseado em toda a minha vivência, experiência acumulada e maturidade, me deparei assustado com a certeza de que realmente não sei mais o que é certo e errado, se as coisas vão ou não dar certo, e se alguma coisa ruim poderá lhes acontecer.

Baseado nesse texto acima, fiz o seguinte poema:

"Quando Filhos, temos a certeza de que tudo vai dar certo, e de que nada de mau nos acontecerá. Quando Pais, perdemos toda essa certeza, e o que nos resta é ter fé, rezar muito, e a esperança de que, tenhamos sempre razão, enquanto Filhos".

Pois é, o que é certo e errado mudou tanto ao longo de todo esse tempo, a maneira de educar, cheia de fórmulas e condutas que não venham a causar traumas em nossas crianças, o acesso a informações em uma velocidade estonteante, mantendo-os cada vez mais antenados, através da net, do vídeo game, do celular, dos ipod, ipad, i sei lá mais o que, do Facebook, do Orkut, Msn, Twitter, e tantas redes sociais, que interligam e fazem interagir nossas crianças, que sabem e conhecem todos os vários e cada vez mais diversos direitos que lhes são atribuídos, e, de forma equivocada, com cada vez menos deveres. Com tudo isso, sem ser hipócrita ou romântico, sinto que cada vez menos somos solicitados por eles enquanto pais, a não ser para adquirir-lhes um notebook mais potente, providenciar um up-grade em seus PC’s, ou comprar para eles o mais novo lançamento do MP3, MP4, MP5, ...MPinfinito, descolar uma grana para a night, ou levá-los e buscá-los às festas, deixando-os à distância, para que os amigos não nos vejam, e assim não pagarem “micos”.


POST EM CONSTRUÇÃO...

Caminhos, Escolhas e Liberdade de fazê-los (Livre Arbítrio).



Em algum momento de nossas vidas nos questionamos "se" deveríamos ter seguido esse ou aquele caminho. Mas o interessante é que esses  questionamentos não nos levam a encontrar nenhum esclarecimento lógico, mesmo porque nunca saberíamos o que aconteceria "se" tivéssemos seguido caminhos diferentes, onde e como teríamos chegado,  e assim percebemos a inutilidade dessa conjunção quando utilizada como uma condicional nessa busca totalmente sem respostas. A única certeza que temos, é que as escolhas que fizemos nos conduziram para essa ou aquela direção, sempre rumo ao desconhecido, pois o fato de seguirmos por determinados caminhos, traçados por nós ou até por outros, necessariamente não nos levam ao ponto onde pretenderíamos chegar, e, com isso ou porisso, assumirmos toda a responsabilidade de tudo aquilo que se nos acontecer, por mais que busquemos ou queiramos responsabilizar o "outro" por tudo de ruim, por tudo o que não deu certo em nossas vidas, por todas as metas que não conseguimos alcançar, e que não aconteceram porque, provavelmente seguimos/trilhamos um caminho diferente daquele que nos levaria ao "set point", mas que, com certeza, nunca saberemos.  

Segunda feira próxima passada (25/04/11), estava assistindo a uma palestra no Centro Espírita que estou frequentando atualmente, onde o tema era a Liberdade de Escolhas, ou o tão falado "Livre Arbítrio", que eu, particularmente acho que de Liberdade ou de Livre tem muito pouco, haja visto que essa pseudo Liberdade está sujeita a uma avaliação antecipada à tomada de atitude, que se baseia na Moral e na Ética (que por mais que tentem me explicar, no fim são a mesma coisa, e em alguns dicionários, ou na etimologia das palavras, realmente o são). E, em sendo assim, essa Liberdade de Escolhas é submetida a certos condicionamentos, ou seja, você é Livre para fazer isso ou aquilo, "desde que"...e por aí vai. Cadê a tal da Liberdade? Se eu resolver que quero andar nú no parque, que poderia ser considerada a maior expressão de Liberdade que alguém possa demonstrar/sentir, com certeza acabaria preso, ou seja, vejam que contradição, a minha busca por Liberdade me levaria ao cerceamento dela, me levaria para a prisão, e o mais interessante, é que seria preso, não por eu ter atentado contra o pudor realmente, pois não teria, de minha parte, nenhuma conotação erótica na minha atitude, mas as pessoas que me olhassem, veriam o quanto obsceno eu seria, quanto mal eu  causaria à Sociedade por ter mostrado às pessoas (não que eu quisesse mostrar nada a ninguém, afinal não era essa a intenção), partes minhas que todas as pessoas sabem que por baixo da minha roupa, quando a estou usando, eu devo possuir (Pura Hipocrisia).

                                                

Porém, se eu estivesse em um Campo de Nudismo, essa atitude de minha parte seria vista de forma super natural. Então vamos por as coisas em ordem: Você pode andar pelado, desde que...você vá andar em um Campo de Nudismo. Essa é a nossa Liberdade?(Utopia). Tudo bem, vocês vão me dizer que se assim não o fosse, viraria uma bagunça danada, mas porque no meio das tribos indígenas não é uma bagunça? Porque todos podem andar nús, ou quase nús, e ninguém acha nada errado? Aí vamos justificar: São os Costumes, Hábitos, Tradição, que traduzindo seria exatamente a Moral, que se transformada em Lei, seria chamado de Ética.

Quero deixar claro que não estou fazendo nenhum tipo de apologia ao nudismo como hábito diário, até porque curto vestir um bom jeans e camiseta, e é dessa forma que eu costumo expressar a minha livre personalidade, alheia a Modismos e Costumes, pois os uso inclusive em casamentos e outras solenidades burguesas que costumo ir, e até gosto de frequentar. Esse foi apenas um exemplo que me veio à mente, mas que denota quão hipócritas realmente podemos ser. Basta que relembremos a Moral e a Ética utilizada na época da Inquisição, somos capazes de coisas realmente "obscenas" em nome delas.

Na verdade, o que podemos perceber, é que para termos a tal Liberdade, precisamos limitá-la para não invadir a Liberdade do outro, que por sua vez, faz o mesmo em relação a você. Então, somos realmente Livres? possuímos realmente o tal do Livre-Arbítrio? 

Para reforçar o que aqui escrevo,"pesquei" esse post na net, no qual dei uma arrumadinha, e achei que ficou bem interessante . Vamos a ele:

                     O ser humano é Livre?

O que é Liberdade? Sabe-se que, durante o processo evolutivo da história (e das sociedades), passando por vários séculos e gerações, o homem vem propondo explicações para esta questão da Liberdade. Sabe-se também, que existem diversas teorias que tentam explicar esta questão, teorias que divergem em diversos fatores. 
Há quem acredite que o que existe é uma Liberdade relativa, cercada pelos determinismos e condições existenciais. Vamos, porém, transplantar esta indagação para a nossa verdade relativa, partindo do princípio de que somos Livres para escolher e fazer o que quisermos, o que fazemos com a nossa Liberdade? Onde ela se inicia? Existem fatores que podem “abalar” este "Livre-Arbítrio"? Quais seriam estes? Nós somos controlados desde que nascemos com a certidão de nascimento, e vários outros tipos de controle que passam despercebidos por nós. A maneira como somos criados pelos nossos pais, para que tenhamos modos e sempre seguirmos os padrões da sociedade; Instituições de ensino... Essas são as principais, que nos transformam no que a sociedade precisa! Um dos grandes dispositivos de poder sobre o ser humano, onde eles não percebem que é dessa forma que são “adestrados”, e começam a ser controlados. Hoje nós somos controlados por todo mundo, até por nós mesmos, sempre procurando agir de modo a ser igual a todo mundo.





CABEDELO !!!

                                
Pois é gente, esse é o nome da cidade onde se esconde essa praia linda, rasinha, com águas paradinhas e quentes. Aliás, quente mesmo, muito, afinal, está no meio do Nordeste Brasileiro, em plena Paraíba, ao lado de João Pessoa. Então, estávamos eu, minha linda e amada esposa, e família, comemorando dois cinqüenta anos, meu e de nosso primo, que por lá, mora. Passamos a noite anterior “bebemorando” e dormimos, como é o costume nesses momentos, muito tarde, e tivemos que acordar cedo para pegarmos a vazante da maré, e assim, conseguirmos curtir essa praia, que na verdade, é um banco de areia, no meio do mar, que aflora quando a maré está baixa. Acordei muito cedo, por volta das 6:00h sentindo muito calor, e um certo mal estar, então dirigi-me para a piscina da cobertura onde estávamos hospedados e fiquei, dentro d’água, admirando a cidade vista de cima, do 13º andar, e agradecendo a DEUS pelos momentos que tenho vivido, sejam bons ou ruins, mas de muito aprendizado, e passei a me sentir melhor. Bom, às 8:00h, após um belo café da manhã, nos dirigimos para a cidade de Cabedelo (nomezinho esquisito esse, hein?), onde passaríamos o dia na Praia de Areia Vermelha, esse local fantástico acima. Estava eu nessa vidinha “marrom”, quando, de repente, comecei a ficar meio zonzo, suando frio e sentindo um grande mal estar, e então me dei conta que estava no meio do mar, sem condição nenhuma de atendimento médico, e que, com meus cinqüenta anos de idade me encontrava na faixa de risco de possíveis problemas vasculares, e que os sintomas eram exatamente aqueles. Foi então que pensei, “qual seria o glamour de morrer em uma cidade denominada CABEDELO?” Gente, quando perguntassem aos meus filhos onde o pai deles tinha morrido, eles diriam, “em CABEDELO”(risos). Pronto, resolvi que não era bem ali que eu queria viver meus últimos momentos, e nem traumatizar meus filhos, portanto, procurei minha esposa, que junto ao nosso primo, providenciaram um barco para me levar de volta à cidade, e de carro, começamos a procurar um hospital, pronto socorro, ou pelo menos, um posto de atendimento médico. Pois é, gente, enfim, conseguimos encontrar um hospital público, onde consegui ser atendido pelo INSS, somando mais uma nova experiência em minha vida, e da qual não posso me queixar, pois dentro do possível, fui muito bem atendido. Logo quando cheguei, já estava mais calmo, pois o nosso primo, muito bem humorado, veio nos distraindo todo o tempo, e já no hospital que por pura sorte, encontrava-se com poucas pessoas na minha frente para serem atendidas, mais precisamente, cinco pessoas, o seu bom humor continuava, contagiando a todos os presentes.

Quando chegou a minha vez, que por mais rápido que eu achasse que foi, demorou cerca de 40 minutos, o que seria fatal caso eu estivesse tendo um enfarto, mas tudo bem não era o caso. Constatou-se que eu estava com uma pressão arterial de 190 X 100, e olha que eu já estava bem mais tranqüilo, portanto, na praia a minha pressão deveria estar bem mais alta, e, provavelmente, se eu não tivesse voltado e sido atendido com certa rapidez, teria sofrido uma situação complicada de saúde. Mas, em lá estando, nesse hospital, já medicado, com um soro e medicamentos aplicados na veia, fiquei a observar as pessoas que ali se encontravam sendo atendidas, segurando seus próprios soros nas mãos, com feridas expostas nas diversas partes do corpo, sem uma higiene adequada nos corredores, sentados e/ou deitados em bancos de madeira, onde todo mundo que chegava, sentava e levantava, sem nenhuma limpeza, nem antes e nem depois do próximo usar esses assentos, algumas gemendo, outras reclamando da demora ou da falta de medicamentos e a grande maioria, calada, com um olhar perdido, como se aquela fosse a sua sina, que ali estava por merecimento, que por ser pobre, aquilo ali era a parte que lhe cabia nesse grande latifúndio que é a nossa querida e tão amada Pátria. Agora, lhes pergunto, onde estão os nossos políticos eleitos, nossos representantes e suas famílias? Será que algum deles, depois de eleitos e empossados, freqüentam esses espaços médicos para serem atendidos quando necessitam? E essas pessoas que ali estavam, ao elegerem esses “inúteis”, lembram-se desses momentos que passaram ou estão passando e reinvidicam seus direitos? Deveríamos ter como lei, como obrigação, que todos os políticos, que todos os nossos representantes e seus familiares, só poderiam ser atendidos em hospitais públicos e estudar também em escolas públicas. Como podemos ter um presidente eleito por duas vezes consecutivas, que elegeu também a sua sucessora, com filhos que sempre estudaram fora do Brasil, e que, sem nunca ter tido nenhum ascendente italiano, requerer cidadania italiana para toda a família, por, segundo as próprias palavras da primeira dama, estaria pensando no futuro, e o pior, ser atendido e aceito pelo governo italiano, numa clara troca de favores, que eu nem imagino em troca de que se deu essa benesse parlamentar.

Estava ali, me sentindo pequenininho, no meio do povo, podendo morrer por falta de atendimento decente e adequado, sendo mais um, e  virar apenas estatística,  vivenciando a cruel realidade que é a da grande maioria do nosso povo, mas que, por incrível que pareça, desse povo que elege esses verdadeiros animais, que além de nada fazerem em prol dessas pessoas, roubam, desviam as verbas destinadas a melhoria da realidade brasileira, e com isso matando, seja de fome, seja pela falta de atendimento médico decente ou pela falta de remédios que deveriam ser distribuídos de forma gratuita, impunemente, não fazendo aquilo para o qual se prontificaram a fazer e pelo qual são muito bem pagos por essa gente moribunda e sem esperanças de melhorar de vida.

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